Trabalhos 2016

Escola Básica Integrada dos Biscoitos (Praia da Vitória)

Escalão 2 - escolas de outros níveis de ensino a partir do 2º ciclo (inclusive)

Fotografias:

Conjunto de triângulos regulares agrafados em conjuntos de seis formando hexágonos regulares. Estes conjuntos foram depois agrupados de forma a formar o fruto.<br/>Em destaque o pormenor do símbolo da Compal e da FSC.
Estrutura interna do fruto.
Tubo de cartão da estrutura interna onde se fixaram as folhas do fruto.
Grupo de alunos que realizou o fruto junto dos docentes responsáveis.
Trabalho final.
Exposição do fruto e dos cartazes da campanha à comunidade escolar

Memória Descritiva:

Historicamente, o cultivo do ananás no Arquipélago dos Açores remonta aos séculos XVII e XVIII, após ter sido descoberto no Brasil e trazido para as ilhas nas viagens transatlânticas. Este fruto despertou uma grande curiosidade na época e iniciaram-se culturas experimentais no arquipélago.
A partir do século XIX, o ananás passa a ser encarado enquanto produto com potencial para a economia açoriana. A necessidade de encontrar um substituto para a laranja, proveniente de pomares de citrinos já afetados pela doença da gomose, foi a causa da procura de um novo produto que preenchesse a lacuna deixada por esse fruto no circuito comercial de exportação.
A sua produção estende-se até aos dias de hoje com grande importância para a economia local.
Este fruto é produzido em estufas de vidro, utilizando técnicas de cultivo tradicionais: aplicação de «fumos» e utilização de «camas quentes» à base de matéria vegetal. Ao fim de um período de dois anos, desde a plantação até à colheita obtém-se um ananás de qualidades ímpares de aroma e sabor.
O ananás dos Açores é rico em vitaminas, sais minerais, fibras (indispensáveis ao bom funcionamento intestinal), proteínas e hidratos de carbono. O ananás ajuda a reduzir os níveis de colesterol, acelera a cicatrização, melhora a circulação sanguínea e o sistema cardiovascular, previne a osteoporose, as gripes e as constipações (por ser rico em vitamina C). Ajuda na absorção do ferro e tem uma ação anti-inflamatória e anti-tumoral.
Para a elaboração deste fruto decidimos utilizar o mínimo de materiais possível a fim de reduzir a nossa pegada ecológica. Preocupámo-nos também em utilizar, como materiais complementares/de suporte, materiais reutilizáveis como o cartão e um tubo de cartão recolhidos do ecoponto azul. Assim utilizamos pacotes da Compal, recolhidos pela comunidade escolar, agrafos e agrafador. Para dar mais suporte à estrutura usámos também tiras de cartão, tubo de cartão e um pouco de cola quente.
Os alunos fizeram uma pesquisa orientada sobre os frutos que caracterizavam a região onde vivem. Desta pesquisa os alunos identificaram como frutos da região o ananás, o maracujá e a uva. Tendo sido escolhido o ananás por este ter uma maior representatividade na região. Os alunos elaboraram cartazes e publicaram nas suas páginas das redes sociais e nas dos grupos da escola um pedido de recolha de pacotes da Compal que reunissem as condições necessárias à participação no concurso.
Aos poucos os alunos começaram por abrir e limpar os pacotes que iam sendo recolhidos.
Posteriormente, com o apoio dos docentes de matemática, os alunos fizeram uma pesquisa orientada sobre geometria na natureza. Desta pesquisa resultou que o hexágono regular era a forma associada à perfeição da natureza (por exemplo os favos de mel, os cristais de gelo, a carapaça da tartaruga, variadas flores e frutos). Assim optou-se por construir triângulos regulares inscritos numa circunferência que agrafados em conjuntos de seis iriam formar os hexágonos regulares citados. Estes conjuntos foram depois agrupados de forma a formar o fruto. Finalmente, para dar uma estrutura mais sólida, colou-se tiras de cartão no interior e um tubo de cartão que permitiu também fixar as folhas do ananás.
Os alunos intervenientes no processo de recolha e construção do fruto foram:
- Lara Gaspar e Maria Estrela, 5.ºA
- David Fialho e Rodrigo Oliveira, 6.ºA
- Ana Almeida, Carolina Silva, Catarina Coelho, Gabriel Gaspar, Helena Gil e Tiago Ferreira, 6.º B
- Ana Santo, Tiago Cabral, CIC
Após o términus do concurso (12 de maio), iremos utilizar este fruto para construir um candeeiro que será colocado na sala de convívio dos alunos.